sábado, 26 de outubro de 2013

Maturidade e maestria !!!

Paulo Baier, esse é o cara !!!

O meia Paulo Baier é, talvez, o sinônimo de maturidade no futebol brasileiro atual. Dentro de campo, isso fica claro a cada passe que desmonta defesas adversárias, a cada gol decisivo, a cada orientação para jogadores mais novos. Fora de campo, não é diferente. O jogador, que completa 39 anos nesta sexta-feira, minimiza as crises do passado e festeja o melhor momento da carreira. É o artilheiro dos pontos corridos com 99 gols e o líder do Atlético-PR, um dos quatro melhores times tanto no Campeonato Brasileiro quanto na Copa do Brasil. Confira a entrevista!

GloboEsporte.com: O que motiva um jogador de 39 anos a estar todo dia treinando, concentrando e jogando, na mesma rotina há 15 anos?
Paulo Baier: É aquilo que a gente gosta de fazer. Eu realmente amo futebol, gosto de estar participando. Minha motivação é essa. Sair todo dia de casa satisfeito, sabendo que vou chegar aqui no Atlético Paranaense e vou ter um ambiente bom, saudável e onde a amizade é bacana de todos, da comissão técnica, de todos os funcionários e dos jogadores. Essa é a minha motivação. Logicamente, pelos resultados que a gente vem tendo, também. Estou muito satisfeito e feliz por estar completando 39 anos e poder estar jogando em alto nível, ajudando, fazendo gols e dando assistência. Isso, para mim, é uma alegria muito grande. Festejo com muita satisfação.

Você está no Atlético-PR desde 2009. Nesses cinco anos, o grupo atual é o melhor que o clube já teve?
Acredito que sim, desde o ano passado, desde o ambiente que a gente criou durante a Série B. A gente fez um grupo bom, que subiu. A maioria permaneceu e, logicamente, teve a chegada de outros jogadores, que também compraram a ideia. A gente já tinha um grupo fechado e, com a chegada de outros jogadores, conseguimos estar fazendo um grupo bacana e, além de competentes e bons jogadores, a gente está com união dentro de campo, um correndo pelo outro, um ajudando o outro.
Isso está fazendo a diferença.

Hoje, dois anos depois, você consegue entender o rebaixamento?
A gente cometeu vários erros. A troca de treinadores foi um. Foram seis ou sete trocas. A saída do Geninho foi precipitada. Alguns jogadores não compraram a ideia de um clube tão grande, que tem uma torcida fantástica. Muitos passaram e não ajudaram. Isso faz totalmente a diferença. Teve vários fatores. O importante é que a gente tem que viver este momento agora, um momento bacana, em que todo mundo está conseguindo desenvolver seu melhor futebol e cada um que entra procura dar o seu melhor e vai bem.

O rebaixamento foi o momento mais difícil da sua carreira?
É sempre difícil ser rebaixado. É complicado. Foi triste. Mas a gente sabia que, já no ano seguinte, teria que se reerguer, levantar a cabeça porque precisava subir. No final, deu tudo certo, a gente subiu. Acho que essa permanência foi fundamental e, com chegada de outros jogadores e também com a chegada do (Vagner) Mancini, melhorou o ambiente nosso. A gente está ficando satisfeito com isso e vamos levando até o final.
 
Antes de chegar ao Atlético-PR, você tinha saído do Palmeiras por uma questão salarial em 2007 e do Sport após de um desentendimento com o Nelsinho Baptista, em 2009. Guarda alguma mágoa desses clubes?
Não! De maneira nenhuma. Para mim, foi um prazer muito grande ter jogado no Palmeiras, um clube grande, de uma torcida grande também. Foi só esse motivo. Lógico que, no início, o torcedor não entendeu um pouco, mas, depois, o torcedor entendeu que estava com salário atrasado há quatro meses e tinha muitas coisas atrasadas em relação à luva. Tinham várias coisas ali que, chega um momento, você tem que tomar decisão. Você precisa ajudar a família, pai, mãe e filho. Torcedor, às vezes, não entende que a gente tem várias pessoas que a gente ajuda. Depois, o torcedor do Palmeiras entendeu. Do Sport também. Foi um momento. Depois de dez dias, o Nelsinho já foi para o Japão, de repente achou um motivo para sair. Tinham alguns motivos, mas não guardo mágoa nenhuma.

Você, pelo profissionalismo, sempre honrou as camisas que vestiu. Mas qual você amou de verdade?
Eu tive uma passagem bacana pelo Criciúma, tenho um carinho muito grande. Tenho um carinho muito grande também pelo Goiás, fiquei quatro anos lá. A gente conquistou uma vaga para a Libertadores, está na história lá. Mas, desde a chegada aqui no Atlético Paranaense, lógico que meu coração é rubro-negro pela identificação, pelo carinho que o torcedor tem comigo, pelo carinho com que as pessoas me tratam aqui no CT. Hoje, eu realmente torço para o Atlético Paranaense, não deixo ninguém falar mal do Atlético Paranaense. Não estou falando da boca para fora para puxar saco de ninguém até porque não preciso. Realmente, hoje, tenho uma identificação muito grande e, sempre que entro, procuro dar o máximo porque vale a pena jogar no Atlético Paranaense e brigar por este clube.

Qual o momento mais especial da sua carreira até hoje?
É estar vivendo este momento agora. Aos 39 anos e você conseguindo passar de fase na Copa do Brasil, algo que a gente nunca tinha conseguido, estar em terceiro lugar no futebol brasileiro, onde tem vários outros times até com salários mais altos e jogadores até melhores que os nossos. Mas a gente tem uma diferença. Aqui, um corre pelo outro, um se dedica pelo outro. É um ambiente saudável, bacana. Viver este momento agora é o melhor da minha carreira. Passei por vários momentos bons, mas não com esta maturidade que estou tendo agora de poder estar jogando, poder estar motivado para entrar em campo e ver nosso torcedor gritando meu nome.
Isso não tem preço.

Se pudesse escolher um 100° gol ideal, como ele seria?
Botando a bola na rede, não importa como. Não tem gol bonito ou feio. O que importa é ela (a bola) passar aquela linha, meio metro que seja. Eu não me preparo para fazer gol bonito. É um momento. Se tiver oportunidade, tem que caprichar, mas, logicamente, tudo isso fica em segundo plano. Se tiver um companheiro do meu lado e eu tiver que servir, vou servir. Mas o importante mesmo é o clube, os três pontos. Logicamente, se surgir a chance, vou fazer. E espero fazer logo.

Com 39 anos de vida, o que falta para você como jogador?
Falta a gente buscar um título para o clube, que a gente tem a possibilidade. Faltam quatro jogos para a gente de repente conquistar esse título (da Copa do Brasil) tão sonhado não só por mim, mas pelo torcedor, pela diretoria. Temos condições. Lógico, vamos ter dificuldades, mas temos que acreditar sempre. Temos também a chance de Libertadores pelo Brasileirão, em que estamos bem. Tem vários fatores para ter essa motivação, e este ano tem tudo para que a gente possa comemorar muito com o nosso torcedor.
 
 
Pois então, diferente de outro ídolo de um outro clube por aí Paulo Baier demonstra até mesmo fora de campo que luta pelo time que representa. Isso sim é um exemplo de atleta, ídolo e profissional !!! A postura de Baier muito nos orgulha valorizando o Clube Atlético Paranaense e sua Torcida, bem diferente de um certo ídolo por aí !!! Parabéns Paulo Baier, com maturidade e maestria representando o Furacão de todos nós !!!
 
Saudações rubro-negras !!! E que Deus abençoe a todos !!!

Leonardo Garcia Dias
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